segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mitologia - ÉOLO / BÓREAS / NÓTUS / EURUS / ZÉFIRO

ÉOLO - SENHOR DOS VENTOS










Éolo era o deus dos ventos na mitologia grega, sendo o senhor dos outros deuses do vento (Bóreas, Nótus, Eurus e Zéfiro). Era Filho de Poseidon, e vivia na ilha flutuante de Eólia com seus seis filhos e suas seis filhas.



Durante sua jornada de volta da Guerra de Tróia, Odisseu foi lançado em sua ilha por Poseidon, que estava irado com o herói que matara seu filho Polifemo. Éolo resolveu ajudar Odisseu, prendendo os ventos em um saco de couro de boi. Prendeu todos, exceto Zéfiro, o vento oeste, que o levaria para Ítaca. Odisseu não poderia abrir o saco até que chegasse em Ítaca. No final da viagem, no entanto, seus homens, curiosos, o abriram, libertando todos os ventos, o que os afastou de Ítaca. A tripulação acabou retornando a Eólia, mas Éolo, irritado, expulsou-os de lá.
Outro Éolo da mitologia grega foi o rei de Tessália. Era o filho de Heleno, antepassado dos helenos, os antigos habitantes da Grécia. Éolo e Enarete tiveram vários filhos: Creteu, Sísifo, Deioneu, Salmoneu, Atamante, Perieres, Cercafas e, talvez, Magnes, e filhas, Calice, Peisidice, Perimele e Alcione. Uma das filhas de Éolo é a mãe do deus Éolo.



BÓREAS - DEUS DOS VENTOS DO NORTE





Bóreas ou Boreas (em grego: Βορέας), na mitologia grega, era um dos Titãs que representavam os ventos - sendo este o bravio vento norte. Na mitologia romana, recebe o nome de Áquilo, Aquilon ou Setentrião de "septem" e "triones" (sete trios, literalmente) - alusão à constelação da Ursa Maior. De Setentrião deriva o sinônimo pouco utilizado para as coisas relativas ao norte, "setentrional".

Etimologia e acepções

O nome Boreas significa algo como "vento norte" ou "devorador".
Boreas também era o nome de um mortal, o pai do rei Haemus, da Trácia.


Representação

Bóreas era muito forte, de temperamento violento. Ele freqüentemente era descrito como um homem velho, alado, com cabelos longos e revoltos, segurando uma concha e vestindo uma capa. Pausânias descreve Bóreas como tendo cobras no lugar dos pés - mas nas representações artísticas sempre aparece com pés humanos, dotados de asas.


Mitos

É um dos ventos filhos de Eos (a Aurora) e Astreu. Seus irmãos são Zéfiro, Nótus e Euro, todos são Titãs.
Ao contrário de Zéfiro, que era identificado como uma brisa ou vento mais suave, Bóreas fazia-se quase sempre imprevisível e furioso.
Seu mito mais conhecido alude ao seu parentesco com os atenienses:

O rapto de Orítia

Bóreas caíra de amores pela princesa ateniense Orítia – filha do rei Erecteu. Tendo-a cortejado sem sucesso, o Vento Norte resolve raptá-la quando esta vagava às margens do rio Ilisus. Dessa união nasceram os Boréades – Zetes, Calais, Aura e Quione, a princípio humanos, e depois dotados de belas asas douradas.

Graças a este "parentesco" com Atenas, através do casamento com a princesa, a ele reputam a vitória sobre a armada de 400 navios do rei persa Xerxes, destruída por uma borrasca quando estavam ancorados. Segundo informa Heródoto, algo semelhante havia ocorrido doze anos antes – e desta feita os atenienses eram bastante enfáticos em afirmar que, da mesma maneira que Bóreas os ajudara antes, também era o responsável pelo que aconteceu nesta ocasião. Construíram para o deus um santuário no rio Ilisus.

A cidade, agradecida, rendia-lhe homenagens anualmente, num festival próprio a este deus, as "Boreasmi".
Este mito foi dramatizado por Ésquilo numa peça teatral que se perdeu, intitulada "Oreithyia".



Bóreas e os cavalos

Existe outro mito que diz haver Bóreas se transmutado num corcel negro, a fim de cruzar com um rebanho de éguas – e, fruto deste amor nasceu uma dúzia de cavalos que, ao correr, pareciam voar sobre o solo. Estas éguas pertenciam a Erichthonius, rei de Tróia. Plínio (Naturalis Historia iv.35 e viii.67), imaginou que possivelmente as éguas estivessem com seus traseiros voltados para o vento norte, e daí conceberam sem a presença de um garanhão.

Amores e filhos

Além da princesa Orítia e das éguas troianas, também foi amante da ninfa Pytis.

Orítia (mãe dos quatro Boréades):
Zetes
Calais
Aura
Quione
Pytis
Amante desconhecida
Butes
Amante desconhecida
Licurgo

Morada

Acreditavam os gregos que Bóreas morava na Trácia. Heródoto e Plínio descrevem ambos uma terra ao norte, chamada Hiperbórea (literamente, "além do norte"), na qual as pessoas viviam em completa felicidade e em grande longevidade.



Nótus
Nótus é responsável pelo vento sul. Assim como os demais anemoi (divindades responsáveis pelo vento) era filho de Eos, deusa do amanhecer e Astreu, em outras versões é um titã, portanto filho de Urano, o céu e Gaia, a terra.

Era responsável por trazer o calor e, por conseqüência, associado ao verão.



EurusEurus (Εύρος) é o Deus do Vento de Leste na Mitologia Grega. Filho de Eos e Astreu. Eurus é o vento que traz calor e chuva de Leste. O seu equivalente romano é Vulturnus.



Zéfiro





Na mitologia grega Zéfiro (em grego Ζέφυρος Zephyros) é o vento do Oeste. É filho de Eos (a aurora) e Astreu. Foi casado com Íris e vivia numa caverna da Trácia. Os seus irmãos são Bóreas, Nótus e Eurus, todos Titãs.
O mito do vento Zéfiro ou Favónio diz que este fecundava as éguas de certa região da Lusitânia tornando os cavalos dessa zona invulgarmente velozes. Consta na Orla Marítima (Ora Marítima) de Rúfio Festo Avieno (Rufo Avieno)

Um outro dos mitos em que Zéfiro aparece mais proeminentemente é o de Jacinto, um belo e atlético príncipe espartano. Zéfiro enamorou-se de Jacinto e cortejou-o, tal como Apolo. Ambos competiram pelo seu amor, que veio a escolher Apolo, fazendo que Zéfiro enlouquecesse de ciúmes. Mais tarde, ao surpreendê-los praticando o lançamento do disco, Zéfiro soprou uma rajada de vento sobre eles, fazendo com que o disco golpeasse Jacinto na cabeça ao cair. Quando Jacinto morreu, Apolo criou a flor homónima com o seu sangue.
Na história de Psiquê foi Zéfiro quem serviu a Eros transportando Psiquê até sua morada.
Zéfiro é também considerado uma brisa suave ou vento agradável, pois era o mais suave de todos os ventos tido por benfazejo, frutificante e mensageiro da Primavera.
O seu equivalente na mitologia romana é Favónio (Favonius, ‘favorável’), que exercia o domínio sobre as plantas e flores.

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